Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasce em Lisboa a 7 de Dezembro de 1924. É filho de João Lopes Soares e de Elisa Nobre Baptista. A 22 de Fevereiro de 1949 casa com Maria de Jesus Simões Barroso, de quem tem dois filhos. Morre a 7 de Janeiro de 2017, tendo sido enterrado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Percurso profissional
Apesar da sua carreira profissional se confundir com a política, a partir dos anos 50 é administrador e professor do Colégio Moderno. Começando a exercer advocacia em 1957, assumem particular relevância as defesas que faz em julgamentos de presos políticos em tribunais plenários. Em 1965 oferece os seus préstimos de advogado à família de Humberto Delgado, que acaba por ser assassinado nesse mesmo ano. Em 1971 é “Chargé de cours” nas Universidades de Vincennes e da Sorbonne e no ano seguinte Professor convidado na Universidade da Alta Bretanha, em Rennes.
Percurso político
Político de profissão e vocação, Mário Soares é uma figura incontornável da história contemporânea portuguesa. Primeiro pela luta antifascista desenvolvida durante a Ditadura, que lhe vale várias prisões pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado, a deportação e o exílio; depois pela sua participação no processo de transição, enquanto ministro de alguns dos governos provisórios e como líder partidário; finalmente pelo seu desempenho enquanto ministro dos I, II e IX governos constitucionais.
Mandato presidencial
Ao ser eleito Presidente da República em 1986 auto-intitula-se como o “Presidente de todos os portugueses” e no seu discurso de tomada de posse, proferido perante a Assembleia da República a 9 de Março de 1986, sublinha a conciliação e unidade nacionais. “Unir os Portugueses, Servir Portugal” será o mote para um mandato presidencial, renovado cinco anos depois, e que marca indiscutivelmente um novo estilo presidencial.