Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasce dia 24 de Fevereiro de 1843 em Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel da Região Autónoma dos Açores. É filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga e de Maria José da Câmara Albuquerque. Casa com Maria do Carmo Xavier de Barros Leite, de quem tem três filhos, os quais morrem prematuramente. A mulher falece em 1911, deixando-o viúvo também muito cedo. Teófilo Braga morre em Lisboa aos 80 anos e os seus restos mortais são trasladados para o Panteão dos Jerónimos. Mais tarde, a 12 de Dezembro de 1966, acaba por ser transferido para o Panteão Nacional.
Percursoprofissional
Conclui Direito na Universidade de Coimbra em 1867 e quatro anos depois lecciona a cadeira de Literaturas Modernas do Curso Superior de Letras, em Lisboa. A par da docência, desenvolve uma intensa actividade enquanto escritor e poeta, ascendendo a sua bibliografia a mais de 300 títulos distribuídos por áreas tão diversas como a História Universal, a Filosofia da História, o Teatro ou a Poesia. Em 1875 subscreve o documento através do qual se solicita ao rei D. Luís I a criação da Sociedade de Geografia de Lisboa e em 1899 é eleito por aclamação presidente da 2.ª classe da Academia das Ciências de Lisboa.
Percursopolítico
Influenciado por teses sociológicas e políticas da teoria positivista, é com Antero de Quental um participante activo nas contestações estudantis de Coimbra e uma das principais figuras da "escola coimbrã". Enquanto membro destacado da facção republicana federalista, é um dos responsáveis pela fundação do Centro Republicano Federal de Lisboa, ao qual preside em 1881. Com a implantação da República, é convidado a presidir ao governo provisório que consolida o novo regime, assegura a ordem pública interna e alcança o reconhecimento por parte das potências estrangeiras. Em 1911, é eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo círculo de Lisboa.
Mandato presidencial
O curto período da presidência de Teófilo Braga será sobretudo marcado por uma estratégia de não intervenção na área de competência do Congresso e como esclarece no seu discurso de posse lido perante esse órgão, o Presidente da República deveria ser um simples magistrado que assiste ao funcionamento do "regime democrático parlamentar". Concluído o seu mandato, Teófilo Braga, sozinho e solitário, em consequência da morte dos seus familiares mais chegados, dedica-se quase exclusivamente à actividade de escritor e de docente.