Américo de Deus Rodrigues Tomás nasce em Lisboa a 19 de Novembro de 1894. É filho de António Rodrigues Tomás e de Maria da Assunção Marques Tomás. A 16 de Outubro de 1922 casa com Gertrudes Ribeiro da Costa, de quem tem duas filhas. Morre em Cascais aos 92 anos e vai a enterrar no Cemitério da Ajuda, em Lisboa.
Percurso profissional
Em 1914 ingressa na Escola Naval e, logo após a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, é colocado na Escola de Torpedos. Pouco tempo depois é mobilizado para escoltar os comboios marítimos que se dirigiam ao norte de França e a Inglaterra e, em Outubro de 1919, entra para os Serviços Hidrográficos do Ministério da Marinha. Em 1940, acumulando com a chefia do gabinete do Ministro da Marinha, preside a Junta Nacional da Marinha Mercante.
Percurso político
Ministro da Marinha desde Setembro de 1944, Américo Tomás, fruto da sua enorme experiência em questões marítimas e piscatórias, promulga diplomas fundamentais para a renovação e expansão da Marinha Mercante. Em 1950, não tendo sido informado da profunda remodelação governamental, demonstra o seu desacordo para com as alterações propostas e coloca o seu lugar à disposição. Perante a sua decisão, o Presidente do Conselho recua e Américo Tomás aceita permanecer no cargo.
Mandato presidencial
Durante os cerca de 16 anos na Presidência da República, destacam-se dois momentos em que a sua intervenção é decisiva: a “Abrilada” de 1961 e a substituição de Oliveira Salazar por Marcelo Caetano em 1968. Nos últimos anos da Ditadura assume a prossecução da política ultramarina e do esforço de guerra. É destituído do cargo com Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo de se refugiar com a família e alguns elementos da sua Casa Militar no Forte da Giribita, em Caxias. No dia seguinte segue para a Ilha da Madeira, partindo depois para o exílio no Rio de Janeiro. Em Maio de 1978 é-lhe permitido regressar a Portugal.