Falcão Trigoso no Palácio de Belém

«Paisagem Campestre» de José de Melo Falcão Trigoso (Lisboa, 1879–1956) é a mais recente aquisição do Museu para a coleção do Palácio de Belém. Trata-se de uma pintura a óleo sobre madeira, representativa da produção artística do autor.

Conhecido como Falcão Trigoso, o pintor revelou desde cedo uma vocação para a arte. Aos 7 anos, recebeu a sua primeira paleta das mãos do avô, o poeta João de Lemos. Concluiu a sua formação artística em 1902, na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde estudou com mestres como Carlos Reis, Simões de Almeida e Veloso Salgado.

Iniciou a sua carreira profissional como diretor da Escola Técnica Vitorino Damásio, em Lagos, tendo depois assumido funções nas Escolas Fonseca Benevides e de Arte Aplicada António Arroio, em Lisboa. Foi membro do Grupo «Silva Porto», sob a orientação de Carlos Reis, e apresentou regularmente os seus trabalhos em exposições individuais e coletivas, destacando-se nas mostras da Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 1948, foi distinguido com uma medalha de honra por esta instituição.

Entre os vários prémios recebidos ao longo da carreira, destacam-se o 1.º Prémio Silva Porto (1954), uma medalha de ouro na Exposição Panamá-Pacífico, em São Francisco (EUA), e o Prémio Anunciação (1900).

Falcão Trigoso integrou a geração de artistas que deram continuidade à estética Naturalista. Defensor da pintura ao ar livre, manifestou, desde sempre, grande predileção pelas paisagens algarvias, que apelidou de «Costa de Oiro», principalmente pelas zonas costeiras e as amendoeiras em flor, ricas de cor e de tonalidades intensas.

As suas obras encontram-se expostas no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, em Lisboa, Museu Grão Vasco, em Viseu, Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca, Museu Malhoa, nas Caldas da Rainha, Museu Soares dos Reis, no Porto, e em várias coleções particulares.

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