Columbano Bordalo Pinheiro

Columbano Bordalo Pinheiro (Columbano Augusto Prostes Bordalo Pinheiro; Cacilhas, 1857 - Lisboa, 1929)

Estudou na Academia Nacional de Belas-Artes de Lisboa. O pintor Miguel Ângelo Lupi e o escultor Simões de Almeida (tio) foram seus mestres. Em 1881, partiu para Paris, com despesas custeadas pela condessa d’Edla, segunda mulher do Rei D. Fernando II; contactou com Degas, Manet, Courbet e Deschamps. Regressado a Lisboa, integrou o Grupo do Leão, um conjunto de artistas que se reunia na cervejaria Leão de Ouro, e que retratou em 1885. Foi professor na Escola de Belas-Artes desde 1901. Resignou em 1924 por não se rever na estética modernista. Em 1914, tornou-se diretor do recém-criado Museu de Arte Contemporânea, que conserva hoje cerca de 200 peças suas. Tem obra espalhada por importantes museus, entre outros, o Museu d’Orsay, em Paris, o palácio Pitti, em Florença, o Museu Nacional de Belas-Artes, do Rio de Janeiro.

Além de pintura decorativa, retratou figuras maiores da cultura portuguesa: Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Antero de Quental, o irmão, Rafael Bordalo Pinheiro, incluindo-se, neste rol, os chefes do Estado, Manuel de Arriaga, em 1914, Teófilo Braga, em 1917 e Manuel Teixeira Gomes, em 1925.